Como Citar
Irala de Medeiros, F. (2021). A construção dialética de uma criminologia crítica para as fronteiras Latino-Americanas. Novum Jus, 15(1), 117–132. https://doi.org/10.14718/NovumJus.2021.15.1.6
##article.license##

Aquellos autores/as que tengan publicaciones con esta revista, aceptan los términos siguientes:

  1. Los autores/as conservarán sus derechos de autor y garantizarán a la revista el derecho de primera publicación de su obra, el cuál estará simultáneamente sujeto a la Licencia de reconocimiento no comercial de Creative Commons que permite a terceros compartir la obra siempre que se indique su autor y su primera publicación esta revista.
  2. Los autores/as podrán adoptar otros acuerdos de licencia no exclusiva de distribución de la versión de la obra publicada (p. ej.: depositarla en un archivo telemático institucional o publicarla en un volumen monográfico) siempre que se indique la publicación inicial en esta revista.
  3. Se permite y recomienda a los autores/as difundir su obra a través de Internet (p. ej.: en archivos telemáticos institucionales o en su página web) antes y durante el proceso de envío, lo cual puede producir intercambios interesantes y aumentar las citas de la obra publicada. (Véase El efecto del acceso abierto).

Resumo

Regiões de fronteira têm uma realidade particular marcada pela violência e pelos altos índices de criminalidade, com a presença maciça de polícias e entidades militares que buscam a repressão como controle social. Diante do avanço das organizações transnacionais, não é mais possível pensar na aplicação de teorias que desconsiderem a especificidade latino-americana. No que diz respeito à sua tradição criminológica, menciona-se que as políticas internas nacionais são elaboradas sobre a base do conhecimento produzido nos países centrais. A imitação de políticas centrais, frequentemente fora de contexto e utilizando metodologias dissonantes, tornam-nas fadadas ao insucesso. Assim, pontua-se que tal tema deve ser analisado sob a perspectiva da dependência histórica, edificada a partir do método dialético, considerando o processo de dominação cultural e a necessidade de insurgência da luta de classes contra o colonialismo. Nesse sentido, Maximo Sozzo trabalha a tradução dos modelos centrais, a importação cultural e a história do presente, buscando recobrar a ruptura criminológica das importações criminológicas com a descolonialização ideológica da criminologia. Sobre “fronteiras”, o conceito tradicional abrange dois significados semânticos: fronteira-frontier, como front de batalha, utilizando a militarização como componente de repressão, e fronteira-borderland, como lugar de encontro e negociação. Portanto, percebe-se que métodos europeus de repressão em fronteiras não se adéquam à realidade latino-americana por aplicar, em sua origem, o duplo significado de fronteiras. Já nas fronteiras latino-americanas, considera-se apenas o contexto “frontier” — fronteiras como espaço facilitador da criminalidade transnacional; por isso, a inadequação do controle criminológico transfronteiriço atual e a necessidade do desenvolvimento de um método dialético próprio.

Palavras-chave:

Referências

Andreas, Peter. “Redrawing the line: Borders and security in the twenty-first century”. INTERNACIONAL Security 28, núm.2 (outono 2003): 37.

Baratta, Alessandro. CRIMINOLOGIA CRÍTICA e CRÍTICA do direito PENAL: INTRODUÇÃO à SOCIOLOGIA do direito PENAL. 6. ed. Rio de Janeiro: Revan, 2013.

Bergalli, Roberto. “Una intervención equidistante pero en favor de la sociología del control penal”. DOCTRINA PENAL 36, (1986): 78.

Bordignon, Fabiano. “Ultrapassando fronteiras: cooperação policial internacional e o exemplo do comando tripartite na Tríplice Fronteira Argentina, Brasil e Paraguai” em (Re)definições DAS FRONTEIRAS — visões INTERDISCIPLINARES, editado por Fernando José Ludwig e Luciano Stremel Barros, 25-57. Curitiba: Juruá, 2017.

Cardin, Eric Gustavo. “Trabalho e práticas de contrabando na fronteira do Brasil com o Paraguai”. GEOPOLÍTICA(S): REVISTA de estúdios sobre ESPACIO y poder 3, num.2 (2012): 208. https://revistas.ucm.es/index.php/GEOP/article/ (acesso novembro 10, 2018).

Castro, Lola Aniyar de. CRIMINOLOGIA DA LIBERTAÇÃO. Rio de Janeiro: Revan: Instituto Carioca de Criminologia, 2005.

Dieter, Mauricio Stegemann. A POLÍTICA CRIMINAL ATUARIAL: A CRIMINOLOGIA do fim DA HISTÓRIA. Rio de Janeiro: Renavan, 2013.

Elbert, Carlos Alberto. CRIMINOLOGIA LATINO-AMERICANA: TEORIA e PROPOSTAS sobre o controle SOCIAL do terceiro milênio. vol. 2. São Paulo: LTr, 2010.

Focault, Michel. VIGIAR e punir: NASCIMENTO DA PRISÃO. 42. ed. Petrópolis: Vozes, 2014.

França, Rafael Francisco. Controle de FRONTEIRAS no BRASIL. São Paulo: Estante Acadêmica. 2018.

Jakobs, Günther. Direito PENAL do inimigo: noções e CRÍTICAS. 4. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2009.

Konig, Mauri. O BRASIL oculto: crime DAS FRONTEIRAS OBSCURAS AOS PARAÍSOS à BEIRA-MAR. Curitiba: Compactos, 2013.

Lara, José Rita Martins. “Segurança nas fronteiras: uma utopia?” em (Re)definições de FRONTEIRAS: visões INTERDISCIPLINARES, editado por Fernando José Ludwig e Luciano Stremel Barros, 58-70. Curitiba: Juruá, 2016.

Ludwig, Fernando José. “Violência, contrabando e ausência de paz nas regiões de fronteira: uma visão crítica”, em (Re)definições DAS FRONTEIRAS: visões INTERDISCIPLINARES, editado por José Ludwig e Luciano Stremel Barros, 17-30. Curitiba: Juruá, 2016.

Ludwig, Fernando José. “Dinâmicas securitárias das fronteiras na América do Sul”, em (Re) definições DAS FRONTEIRAS: velhos e novos PARADIGMAS, editado por Fernando José Ludwig e Luciano Stremel Barros, 17-34. Foz do Iguaçu: Idesf, 2018.

Batista, Vera Malaguti. O medo NA CIDADE do Rio de JANEIRO: dois tempos de UMA HISTÓRIA. Rio de Janeiro: Revan, 2003.

Monet, Jean-Claude. POLÍCIAS e SOCIEDADES NA EUROPA. São Paulo: Editora Universidade de São Paulo, 2001.

Olmo, Rosa del. A AMÉRICA LATINA e SUA CRIMINOLOGIA. Rio de Janeiro: Revan, 2004.

Santos, José Carlos dos. “Uma leitura micro da Tríplice Fronteira Brasil, Paraguai e Argentina”. Artigo apresentado em XXVIII Simpósio Nacional de História, Florianó- polis (SC), de 27 a 31 de julho, 2015. http://www.snh2015.anpuh.org/resources/ anais/39/1433683866_ARQUIVO_Textofinal2015.pdf (acesso em 02/12/2019).

Santos, Juarez Cirino dos. A CRIMINOLOGIA RADICAL. 3. ed. Curitiba: ICPC e Lúmen Iuris, 2008.

SEGURANÇA PÚBLICA NAS FRONTEIRAS, DIAGNÓSTICO socioeconômico e demográfico: ESTRATÉGIA NACIONAL de segurANçA públiCA NAs fronteirAs (ENAfron), ed. Alex Jorge das Neves (Brasília: Ministério da Justiça e Cidadania, Secretaria Nacional de Segurança Pública, 2016), 468.

Shecaria, Sérgio Salomão. CRIMINOLOGIA. 7. ed. São Paulo: Thomson Reuters Brasil, 2018.

Simão, Licínia. “Os impactos da securitização e militarização da fronteira externa da União Europeia”, em (Re)definições DAS FRONTEIRAS: visões INTERDISCIPLINARES, editado por José Ludwig e Luciano Stremel Barros, 43-56. Curitiba: Juruá, 2016.

Exército Brasileiro. Departamento de Ciência e Tecnologia. “Integrando capacidades na vigilância e na atuação em nossas fronteiras”. http://www.dct.eb.mil.br/index. php/termo-de-fomento-a-ser-firmado-entre-o-exercito-brasileiro-e-a-fundacao- parque-tecnologico-de-itaipu-br/35-programas-e-parceiros/97-sisfron (acesso outubro 4, 2019).

Máximo Sozzo, “‘Tradutore traditore’: traducción, importación cultural e historia del presente de la criminología en América Latina”. CUADERNO de DOCTRINA y JURISPRUDENCIA PENAL 7, núm. 13 (2002):353.

Teresi, Verônica Maria. Tráfico de PESSOAS: reflexões em ÁREAS de FRONTEIRA. Foz do Iguaçu: Editora Idesf, 2019.

Prentice, Claire, “’Xerifes virtuais’ patrulham fronteira do Texas com o México”, BBC News. 27 de dezembro, 2009. https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2009/12/091227_fron-teira_patrulha_virtual_rw (acesso outubro 13, 2019).

Zaffaroni, Raúl Eugenio. CriminologíA: AproximAción desde un mArgen. Bogotá: Temis, 1988.

Zaffaroni, Eugenio Raul, Nilo Batista, Alejandro Alagia e Alejandro Stokar. Direito PENAL BRASILEIRO: primeiro volume. 4. ed. Rio de Janeiro: Revan, 2017.

Zaffaroni, Eugenio Raúl. Em BUSCA DAS PENAS PERDIDAS: A PERDA DA LEGITIMIDADE do SISTEMA PENAL. 5. ed. Rio de Janeiro: Revan, 2018.

##submission.citations.for##

Sistema OJS 3 - Metabiblioteca |